quarta-feira, 23 de outubro de 2013

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Seleção brasileira

Felipão caminhou um pouco mais para definir seu grupo para a Copa do Mundo.Agora só tem mais 2 convocações antes da lista final.

No gol Jülio César e Jéferson estão dentro,preocupa apenas a condição física do goleiro do QPR,a terceira vaga ficou mais perto de Cavalieri que jogou contra Zâmbia,se Victor for muito bem no primeiro semestre de 14 pode sonhar,mas é uma vaga mais importante para o atleta do que para o time,já que dificilmente o escolhido vai jogar.

Nas laterais Maicon nos jogos contra Austrália e Portugal praticamente se garantiu e Maxwell está perto,já tinha ido bem contra Portugal e repetiu a boa atuação diante de Zâmbia,Dani Alves e Marcelo estão garantidos faz tempo.

Na zaga Thiago Silva,David Luiz e Dante estão dentro,resta a última vaga.Dedé deu passos importantes,mas ainda tem disputa aberta com Henrique e Réver,o meu favorito seria Miranda,mas parece fora dos planos.

No meio Luís Gustavo,Paulinho,Ramires,Hernanes e Oscar vão para a Copa.Lucas Leiva foi bem contra Zàmbia,acredito que está perto de ganhar a vaga de Fernando.O jogador do Liverpool realmente está mais preparado e deve ir ao Mundial.

Hulk,Bernard e Neymar estão garantidos entre os meias-atacantes.O ex-jogador do Galo mostra muita personalidade,aproveitou bem as chances.

Já Lucas perde cada vez mais espaço,contra Zâmbia não foi bem de novo,já tinha sido ultrapassado por Bernard e hoje corre risco real de ficar fora da Copa.Acredito que para os jogos de novembro Felipão vai testar uma nova alternativa,acho que os candidatos são William(Chelsea),Coutinho(Liverpool) e Diego Tardelli.Vamos aguardar a próxima lista,e se o eventual novo jogador vai aproveitar bem a chance.

Na posição de centroavante Jô aproveitou bem as oportunidades e se garantiu,Fred se estiver bem fisicamente também tem o seu lugar.Pato foi mal contra Zâmbia,dificilmente volta.Se Fred não estiver recuperado para os jogos de novembro um novo jogador deverá ser chamado,Diego Costa se optar pelo Brasil ao invés da Espanha pode ter a chance.Mas acho difícil tirar Jô ou Fred,se um novo centroavante jogar bem em novembro pode sonhar com a vaga aberta por Lucas.

Quanto ao time titular os favoritos são os que atuaram na Copa das Confederações.Mas Ramires pode cavar um lugar no time,principalmente na vaga de Hulk.Júlio César e Fred dependem da parte física para confirmarem lugar entre os 11,Jéferson e Jô foram bem quando utilizados e podem se beneficiar com as lesões dos titulares.Hernanes e Bernard serão alternativas muito utilizadas durante os jogos.

Sobre a forma de jogar,o time tem uma cara bem definida.Pressão forte no campo do adversário nos primeiros minutos e depois um time que joga na velocidade,tem um ritmo muito intenso.Mesmo quando marca atrás,sempre a marcação é feita com pressão na bola,para roubar e sair em velocidade,o time procura deixar o jogo em um ritmo mais acelerado,já que não tem a característica de cadenciar o jogo. Neymar obviamente é o grande diferencial,as chances de título passam muito por ele,não tem como fugir.

Neymar sabe de sua responsabilidade e de sua importância.Parece cada vez mais pronto para isso.Hoje rende muito bem tanto pelo lado,quanto pelo meio e participa de praticamente todas as jogadas ofensivas,dá assistências,faz gols,dribla,finaliza,provoca e cobra faltas.Claro que o rendimento dele passa pelo bom jogo coletivo,mas sem dúvida o Brasil depende muito do desempenho de seu camisa 10 para lutar pela taça.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Técnicos precisam se manifestar

O movimento Bom Senso FC pode ter sido um ponto de partida para melhorar algumas coisas importantes no futebol brasileiro.A questão do calendário talvez seja hoje a maior barreira para que nosso futebol seja um produto mais atraente e não digo nem para o mercado internacional,hoje existe dificuldade para levar o torcedor aos estádios.

Claro que o calendário não é o único problema.A questão das trocas freqüentes de treinador também é um grave defeito nos clubes.A grande maioria das mudanças não são feitas por convicção,muito menos por uma análise do trabalho realizado e na hora de contratar também não é avaliado o perfil de treinador que se encaixa melhor ao grupo de jogadores,não existe uma linha de trabalho.

Os técnicos brasileiros vivem sempre no limite,2 ou 3 resultados ruins já são o suficiente para que o emprego fique sob risco e isso não prejudica apenas a classe dos treinadores,mas os próprios clubes e consequentemente o futebol.

Quando é feita uma troca sem critério e sem tempo de trabalho e de preparação(aí aparece de novo o calendário),o time não evolui,talvez consiga ter um embalo inicial e some pontos suficientes para conseguir seu objetivo,normalmente escapar do rebaixamento,mas o time não cresce,ele apenas sobrevive e no outro ano passa pelo mesmo sufoco.

Os técnicos dos grandes clubes ganham muito bem,acredito até que os dirigentes pagam esses altos salários para transferir totalmente a responsabilidade de um eventual fracasso para o treinador,mas a pressão pela qual eles são submetidos é cada vez pior,vem de todos os lados,imprensa,torcida,dirigentes,jogador insatisfeito,é terrível.

O problema com Oswaldo de Oliveira no jogo contra o Grêmio fez com que alguns profissionais falassem sobre o assunto,ouvi Tite,Dorival e Muricy falando sobre essa pressão diária vivivda pelos técnicos de futebol,mas uma declaração ou outra não basta,é preciso algo maior,uma união,buscar melhores condições de trabalho.

Coisas simples como proibir um treinador de comandar mais de uma equipe no mesmo campeonato e a obrigatoriedade do pagamento do salário até o final do contrato já ajudariam muito.Um tempo maior de pré-temporada e de treinamento entre um jogo e outro também,isso talvez os jogadores consigam,mas está claro que os técnicos precisam se unir e lutar por melhores condições,seria bom para o futebol no Brasil.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bayern de Guardiola mostra a cara

O Bayern fez ótima partida contra o Manchester City pela Liga dos Campeões.Foi um massacre,domínio total do jogo contra um time forte,mesmo jogando na casa do adversário.

A grande questão levantada quando Guardiola foi contratado era sobre a mistura de estilos.O jogo de posse de bola e toques curtos de Guardiola no Barcelona teria que se ajustar ao jogo de velocidade e de alta intensidade do time alemão que ganhou tudo na temporada passada.

Nos primeiros jogos da temporada o time ficou muito lento,travado,tinha a bola no pé,mas não conseguia apertar o adversário.Era uma mudança muito grande na forma de jogar e que poderia não encaixar com as características dos jogadores do Bayern.

O primeiro bom sinal que vi foi contra o Chelsea na Supercopa da Europa.O Bayern teve a posse da bola,encurralou o Chelsea em vários momentos do jogo,finalizou mais do que vinha fazendo nos jogos anteriores,mas ainda deu muito espaço para o contra ataque do time inglês,característica forte dos times de Mourinho.

Contra o City a posse de bola do Bayern foi alta,mas a diferença em relação a partida diante do Chelsea foi que o adversário não conseguiu sair de trás.A marcação adiantada funcionou bem,o Bayern perdia a bola e logo recuperava, o forte time do City dificilmente conseguia trocar mais de 3 passes.

Com a bola no pé algumas mudanças podem ser notadas,apesar da alta média de posse de bola,aliás a maior da Europa nesse início de temporada,o toque curto não é utilizado com tanta freqüência,até mesmo pelas características dos jogadores.As inversões de lado chamaram muito a atenção,inclusive o primeiro gol saiu de uma virada de Rafinha para Ribery e também os lançamentos longos em alguns momentos como o de Dante para Muller no segundo gol.

Na Bundesliga o Bayern tem vencido os jogos,mas sofre contra os times menores que jogam fechados,isso ainda precisa melhorar,mas nos jogos contra os ingleses o Bayern conseguiu ditar o ritmo,não permitiu que o Chelsea(em alguns momentos) e o City(no jogo todo) jogassem da maneira como estão habituados.

Quebrou o jogo dos adversários com a posse de bola,levou para o seu ritmo e aos poucos consegue desenvolver melhor com a bola no pé,dentro das características de seus jogadores e não tentando jogar como o Barcelona.O time acelera o jogo na última parte do campo e usa bola longa quando necessário,sem perder o controle das ações.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Futebol está pesado e isso não é bom

O clima do futebol no Brasil está cada vez mais pesado.A exigência louca pelo resultado faz com que a cobrança seja absurda e pouco importa a qualidade dos jogos.

As pessoas não estão curtindo o futebol como um lazer ou um passeio agradável no fim de semana.Virou uma batalha,um sofrimento.Faz parte do jogo ficar nervoso,feliz ou triste durante uma partida,mas o que acontece hoje é diferente.

Basta que um time tenha uma seqüência de 3 ou 4 resultados ruins para que as cobranças comecem.Está ficando normal que jogadores sejam cobrados com ofensas e dedo apontado,a qualidade e até o caráter de profissionais são colocados em dúvida,o jogador fica impedido de sair de casa,de se divertir como qualquer ser humano.

Claro que o futebol é profissional,envolve muito dinheiro,mas isso deveria servir apenas para quem realmente trabalha com isso.O torcedor tem que curtir,se divertir,tirar sarro do amigo que torce para o rival.Hoje temos torcidas que mais fiscalizam atletas do que torcem.

Outra coisa que me incomoda é quando usam o salário do jogador para justificar cobranças exageradas,xingamentos,invasão de privacidade e até agressão.Vejo uma boa dose de inveja nesse tipo de argumento.O futebol gera muito dinheiro,então nada mais normal que as estrelas do espetáculo fiquem com grande parte desse lucro.

Espero que o futebol volte a ser visto de forma mais leve,como um lazer.Mas a tendência aponta exatamente para o lado contrário e isso desgasta o esporte e espanta muita gente dos estádios.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Atlético-PR fez seu próprio calendário e se deu bem

Primeiro quero destacar o trabalho dos jogadores e do técnico Vágner Mancini e de forma alguma pretendo tirar o mérito desses profissionais.Mas o fato do Atlético ter jogado o estadual com sua equipe sub 23 tem uma grande ligação com a ótima campanha do time no Campeonato Brasileiro.

O calendário é alvo de críticas e discussões no futebol do Brasil.No ano de 2013 com a paralisação durante a Copa das Confederações e a ampliação da Copa do Brasil ficou ainda mais apertado.Raramente um time tem uma semana inteira de trabalho entre um jogo e outro.O desgaste físico aumenta,as lesões acontecem com mais freqüência e o nível técnico cai.

Sem disputar o estadual, o time principal do Atlético fez apenas 30 partidas oficiais no ano(até o dia 22/09),e no momento em que os jogos acumularam a vantagem física do Furacão fez diferença.O time arrancou,fixou entre os 4 melhores e a campanha fica ainda mais impressionante quando lembramos que trata-se de uma equipe que estava na série B no ano passado.

Outro time que tem um calendário racional em 2013 é o líder Cruzeiro,claro que apenas isso não justifica a liderança folgada,mas no campeonato mineiro um time realiza no máximo 15 jogos,enquanto no paulista por exemplo,os finalistas fazem 23 jogos.

Com o estadual mais curto os times mineiros podem fazer uma pré-temporada melhor,isso também pode ter sido um fator importante no excepcional início do Galo na Libertadores.

Como o Cruzeiro foi eliminado da Copa do Brasil,o time vai fechar o ano com 60 jogos,número próximo aos dos grandes times europeus,o Bayern que ganhou tudo na última temporada disputou 56 partidas.Já aqui no Brasil o Corinthians em 2013, até o dia 22/09,já fez 58 jogos,fará pelo menos mais 17 e se chegar na final da Copa do Brasil termina o ano com 79 jogos(lembrando que o time foi eliminado nas oitavas da Libertadores).

É óbvio que o número de jogos no calendário brasileiro precisa ser diminuído.Em 2014 isso não vai acontecer,os estaduais vão começar no dia 11/01,sendo que o Brasileiro deste ano termina no dia 08/12.Será que o exemplo dado pelo Atlético-PR vai inspirar outras equipes?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Cultura do futebol brasileiro

Quando um grande time passa por um momento ruim aparece a pergunta para o treinador sobre a sua permanência no cargo.Quase sempre essa questão vem acompanhada da seguinte introdução:"Você sabe como é a cultura do futebol brasileiro."

A cada seqüência de 3 ou 4 jogos sem vitória a competência de jogadores e técnicos são colocadas em dúvida,mesmo que esses questionados já tenham mostrado que são bons em várias outras oportunidades,e sempre a tal cultura do futebol brasileiro é citada para justificar o questionamento.

A tal cultura é colocada como se fosse algo errado,mas como as coisas funcionam assim é vista como natural.Já como parte do contexto.E isso precisa mudar.

A mudança deve partir de todos que estão envolvidos no futebol.Dirigentes,jogadores,técnicos,imprensa e torcida.No Brasil não existe planejamento que dure após o terceiro resultado ruim e passou da hora de acabar com isso.

Falando sobre a minha área,reconheço que a imprensa tem sua participação.Quando o resultado ruim aparece é imediato que nos debates esportivos o emprego do treinador seja colocado em risco.Poucas vezes é feita uma análise mais ampla sobre o assunto,quase sempre a discussão fica em cima do resultado frio.

O debate é fundamental,o futebol brasileiro tem um potencial enorme de crescimento.Mas não usa nem 10% de sua capacidade,muito por causa dessa cultura.Os times não evoluem ao longo de uma competição,apenas sobrevivem.Para evoluir é necessário tempo,e isso só existe com resultado,por mais que o clube tenha claros problemas.

A discussão sobre o futebol no Brasil precisa ultrapassar a barreira dos resultados.Passou da hora do debate ficar maior.Disuctir sobre calendário,administração do clube,linha de trabalho,planejamento realmente sério e que não seja jogado no lixo no primeiro problema.

Esse debate superficial apenas sobre os resultados favorece a incompetência do dirigente brasileiro.Eles quase não são questionados,entregam uma cabeça e fica tudo certo.

A cultura do futebol brasileiro precisa deixar de ser uma muleta para questionar o trabalho de alguém,ela deve ser mudada e revista para que as coisas realmente evoluam no nosso futebol.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Liga dos Campeões,a maior competição.Copa do Mundo,a grande festa.

Vai começar a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.Em termos técnicos considero hoje a maior competição de futebol do planeta,acima até da Copa do Mundo.

Acredito que a Copa ainda tenha um peso histórico maior,mas para avaliação de quem está melhor,de quem são os grandes jogadores e equipes do mundo,a Liga oferece uma possibilidade de análise mais precisa.

Os melhores jogadores do mundo estão nos melhores times,independente do país em que nasceram.São mais jogos,equipes bem formadas,entrosadas e com os atletas na sua melhor condição física.

Na Copa do Mundo,se o cara não nasceu em um país forte no futebol,dificilmente ele será um dos protagonistas da competição,é um torneio curto,no fim da temporada européia,com times que não treinam juntos todos os dias e com os jogadores bem abaixo fisicamente.

Isso não quer dizer que a Copa do Mundo não seja importante,ao contrário,a Copa é um torneio mágico para quem gosta de futebol.Durante um mês você tem a chance de ver a história,momentos que serão eternos no esporte.

Quero apenas separar a avaliação técnica que pode ser feita nessas competições.Sei que faz parte da magia da Copa fabricar heróis e vilões,mas acho essa avaliação um pouco injusta.A Copa do Mundo deve ser curtida,desfrutada por quem gosta do futebol,um mês de diversão,de festa.Não de cobranças excessivas e criação de inimigos eternos da pátria.

Para resumir,vejo a Liga dos Campeões como a competição mais justa para avaliar quem são os melhores,as tendências que o futebol está seguindo,a evolução dos times e dos jogadores.

A Copa do Mundo vejo como uma grande exposição,como se fosse uma grande feira de arte,um evento mais leve,mágico,um grande festival do futebol,uma festa.Não acho justo rotular para sempre um atleta por uma competição de um mês.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sempre vendem o sofá

Todos conhecem aquela velha piada do cara que pegou a mulher com outro no sofá e como solução para o problema vendeu o sofá.Essa piada mostra bem o que acontece quase sempre no futebol brasileiro.

O caso mais claro disso é a constante troca de treinadores.O time muitas vezes é mal administrado,tem problemas internos,atrasa salário,os jogadores são fracos e quando começa a perder manda o técnico embora.Chega um novo treinador,os problemas seguem os mesmos e depois de uma seqüência de 3 ou 4 resultados ruins trocam mais uma vez o "sofá" da sala.

Muitos clubes usaram esse recurso nos últimos anos.Será que em algum momento aconteceu uma reunião para discutir os reais problemas do clube?Será que aconteceu alguma reflexão entre os dirigentes sobre o que eventualmente eles estariam fazendo de errado?Acho que não,é mais fácil trocar o "sofá" do que assumir os erros e tentar resolver os problemas mais complexos.

A piada serve não só para a questão dos técnicos.Recentemente São Paulo e Santos fizeram jogos contra gigantes europeus e depois passaram por verdadeiras maratonas para compensar o período de ausência no campeonato brasileiro.Internacional e Náutico que sequer viajaram acabaram pagando também e passaram pela mesma seqüência de 4 jogos em 8 dias.

Mesmo acontecendo um absurdo como esse, o assunto principal não foi discutido.O São Paulo perdeu para Criciúma e Coritiba,depois de ter feito outros 2 jogos na mesma semana e simplesmente demitiu Autuori,o Inter perdeu para o Santos na terça e empatou com o Vitória na quinta e a culpa caiu em cima de Dunga que foi chamado de burro.

Ninguém questionou,todos aceitaram encarar a maratona,não foi discutido um espaço no calendário para esse tipo de excursão.Se o time não ganhou,o desgaste claro e evidente vira apenas uma desculpa esfarrapada,troca-se o técnico e pronto,problema resolvido.

O presidente da CBF para justificar a absurda seqüência de jogos pelas quais os atletas foram submetidos disse a seguinte frase:"Ninguém obrigou a viajar".

O calendário apertado não permite uma boa preparação de um jogo para o outro e claro o nível do espetáculo cai,com jogo todo o dia o futebol fica banalizado,o produto desagastado,cansativo,mas isso ninguém discute.Sempre o foco é outro,a culpa cai em cima dos profissionais que deveriam ter melhores condições de trabalho.

O produto futebol brasileiro está feio e pouco atrativo.Enquanto os verdadeiros problemas como calendário,gramados ruins,salários atrasados,falta de estrutura,violência nos estádios e outros não forem discutidos e a situação só vai piorar.Por enquanto continuamos trocando o sofá.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Tite continua bom

O Corinthians faz um campeonato brasileiro abaixo do esperado.Eu mesmo colocava o time como o maior favorito ao título.E quando perde sempre o técnico é cornetado.

Leio nas redes sociais críticas ao trabalho de Tite e até mesmo questionamentos quanto a sua qualidade.Discordo.Tite continua sendo um dos melhores do país.

Alguns problemas aconteceram com o Corinthians durante o campeonato.Paulinho saiu,Guilherme entrou,mudou completamente a característica, saiu um volante de chegada forte e infiltração e entrou um de passe e de ótima saída de bola.Quando o time se adaptou Guilherme machucou seriamente,entrou Ibson,nova mudança no estilo de jogo.

A defesa continua forte.Apenas 9 gols sofridos em 20 rodadas.Mas na parte ofensiva a dificuldade aparece e alguns fatores colaboram para isso.Renato Augusto sofre com as lesões,Danilo caiu fisicamente com a seqüência pesada de jogos,Émerson faz péssima temporada e nos últimos jogos Guerrero e Pato,que começa a crescer,foram para suas seleções,deixando o time sem referência no ataque,ou seja,outra mudança no jeito de jogar.

Os problemas do Corinthians acontecem com quase todas as equipes.Mas não existe uma regra,alguns se acertam mais rápido,outros não.Vale destacar o campeonato que faz o Botafogo que mesmo com muitos problemas consegue se manter entre os primeiros,Oswaldo e os atletas fazem quase um milagre.

O Corinthians ainda está muito na briga por vaga na Libertadores através do Brasileiro e segue vivo na Copa do Brasil.A campanha não é boa dentro da expectativa de muitos,inclusive minha,mas está longe de ser um desastre.

O time pode se acertar,é até o mais provável,mas o título ficou muito distante.Acontece.Os adversários também tem seus méritos,o Cruzeiro disparou por sua própria força e qualidade.

O torcedor fica chateado,mas não tem motivos para desespero,longe disso,se deixarem Tite e o elenco trabalharem em paz ,logo o time volta ao seu melhor,são oscilações normais de um time que ganha muito desde 2011.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Muricy volta para um São Paulo bem diferente

Quando Muricy Ramalho deixou o São Paulo em junho de 2009 o clube era completamente diferente do que é hoje.

Dentro de campo era o atual tricampeão brasileiro e agora ele pega uma equipe afundada na zona de rebaixamento.Claro que uma mudança tão radical não acontece por acaso.

Juvenal Juvêncio passou a acreditar na história do soberano,algo que deveria ser apenas uma brincadeira com os rivais foi levado a sério pela direção do clube.Passaram realmente a acreditar que tudo aconteceria naturalmente,se a coisa não andasse a culpa era do técnico.Afinal,como o cara não consegue vencer dirigindo o maior de todos?

A soberba era tão grande que muitos achavam um absurdo Muricy ganhar "só" o Brasileiro,era pouco para o soberano.E ele saiu.

Depois disso nenhum outro técnico conseguiu trabalhar em paz.Juvenal mudou o estatuto,se elegeu para um terceiro mandato,deixou de ser presidente,virou dono.O clube abriu mão de profissionais como Turíbio Leite,Carlinhos Neves e Luís Rosan,afinal no São Paulo a estrutura era o suficiente,qualquer um teria a obrigação de trabalhar bem lá,mas não era bem assim.

Juvenal foi se perdendo cada vez mais,perdeu a abertura da Copa,a briga dos direitos de televisão,perdeu a hegemonia e aos poucos o São Paulo também foi perdendo o respeito.

Trocas de técnicos,de preparadores físicos,entrevistas bizarras,afastamentos de atletas,contratações em grande quantidade e pouca qualidade.

E no terceiro mandato Juvenal colocou no comando do futebol e com todo o poder,Adalberto Baptista.O diretor teve problemas com jogadores,com comissão técnica e não mostrou competência para o cargo.Teria que fazer a ligação da direção com atletas e comissão,mas não mostrou a menor habilidade,ainda precisava aprender e conviver mais no futebol para exercer a função.

O São Paulo está em uma situação terrível.Corre sério risco de rebaixamento,mesmo com ótima estrutura física,com muito dinheiro de televisão,de patrocinadores,mas sem um bom trabalho nada funciona.

O time parou no tempo,como bem disse Rogério Ceni,e foi atropelado pelos rivais,principalmente pelo Corinthians,as coisas pararam de acontecer naturalmente e Juvenal cegado pelo poder não conseguiu achar alternativas.Poder que aliás já não parece ser o mesmo,velhos aliados partiram para a oposição que está cada vez mais fortalecida.

domingo, 8 de setembro de 2013

Seleção brasileira

Na Copa do Mundo 2010 o Brasil era um time que tinha como grande virtude a boa defesa e um contra ataque mortal.Passaram os anos e isso não mudou tanto.

A grande diferença é a pressão na saída de bola,já acontecia com Mano Menezes e ficou mais eficiente com Felipão.O time tem feito gols com a marcação adiantada nos primeiros minutos,mas quando não consegue sair na frente,apresenta dificuldades com a posse de bola diante de um rival fechado.

Nos jogos em que o Brasil faz a vantagem no começo,a equipe se posiciona um pouco mais atrás,rouba a bola e tem um contra ataque forte.A tendência de jogar em velocidade e sofrer com a posse de bola está ligada as características dos jogadores.Mano tentou fazer com que o time procurasse tocar mais a bola,já Felipão assumiu de vez a forma de jogar apostando na pressão inicial e depois na velocidade.

O time tem boa cara e está cada vez mais consistente.Na parte individual Felipão ainda tem algumas vagas abertas no seu grupo.

As voltas de Maicon e Ramires foram positivas,em forma Maicon deve se garantir no grupo e ameaçar a titularidade de Daniel Alves.Já Ramires é um jogador de velocidade e saída rápida,encaixa bem com a forma de jogar da equipe e pode fazer várias funções,tanto pelo meio quanto pelo lado do campo.

Na parte ofensiva Bernard ganha cada vez mais espaço,aproveitou muito bem as chances,está praticamente garantido no grupo e logo pode até brigar por uma vaga entre os titulares.Já Lucas está no caminho inverso,até pouco tempo era um potencial titular,agora luta para se garantir entre os 23.

Na função de centroavante o Brasil não tem nenhum "9" acima da média,mas tem bons jogadores.Se estiver bem fisicamente Fred está dentro.Jô aproveitou as chances e ficou perto de uma vaga.Pato também pode fazer a função,ainda precisar mostrar serviço dentro de campo,mas até por ter outra forma de jogar pode não disputar vaga tão diretamente com os dois atletas de área.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Pensar grande

A maratona pela qual o São Paulo está sendo submetido é absurda.Em um esporte de alto rendimento é inaceitável que um time de futebol profissional faça 4 jogos em uma semana,ainda mais com 3 viagens.

Paulo Autuori e Rogério Ceni reclamaram,o goleiro inclusive colocou parte da culpa no próprio clube que fez uma excursão para o exterior no meio do campeonato.

É verdade que quando aceitou viajar a direção do São Paulo já conhecia o calendário apertado,dava para imaginar que essa maratona de jogos aconteceria,mas outra vez não foi discutido o assunto central:o calendário.

Os jogos no exterior,principalmente contra grandes equipes da Europa,são importantes para os clubes brasileiros.No mundo de hoje é absurdo que times grandes de um país forte no futebol como o Brasil fiquem privados de enfrentar os melhores do mundo,de jogar nos principais palcos.

Está claro que passou da hora de ter um espaço reservado no calendário para esse tipo de viagem,sem a necessidade de atrapalhar o campeonato.Não tem sentido reservar 23 datas para estaduais,a maioria dos jogos das grandes equipes nessas competições são contra times bem mais fracos e aperta todo o calendário.

Alguns alegam que não vale a pena viajar para perder dos europeus,e usam o massacre do Barcelona contra o Santos como exemplo.Penso o contrário,a referência tem que ser Barcelona,Real Madrid,Bayern,ou seja os melhores.

Temos que procurar chegar perto deles,tirar lições,tentar melhorar,evoluir.Mas muitos preferem ganhar de times fracos aqui e fingir que está tudo bem.

Hoje já existe um conformismo de que os europeus são melhores e pronto.Mesmo ainda mantendo um discurso arrogante,no fundo já aceitamos que nossos clubes estão no terceiro mundo do futebol mundial.Isso é o mais cômodo.Os confrontos com europeus são raros,então nos conformamos com nosso mundinho,é mais fácil do que tentar chegar perto dos melhores.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Técnicos brasileiros

O futebol europeu está muito na frente do brasileiro.A maioria das pessoas atribui essa distância aos técnicos.Sempre ouvimos que nossos treinadores estão ultrapassados.Não tenho essa convicção.

Generalizar nunca é justo.Alguns realmente podem estar ultrapassados,mas acredito que a maioria acompanha tudo o que acontece no mundo.Asssitem os principais jogos e estão atualizados a respeito das principais equipes.

O técnico de futebol no Brasil enfrenta algumas dificuldades para fazer um bom trabalho.A principal delas é a falta de respaldo da direção.Grande parte dos dirigentes brasileiros não entendem de futebol e não tem peito para contrariar os corneteiros.Jogam para a torcida e entregam a cabeça que está ali exposta,vão pelo caminho mais fácil.

Conselheiros que não entendem absolutamente nada de futebol e que se sentem donos dos clubes acabam tendo grande influência nas decisões tomadas,principalmente nas erradas.Tumultuam,cornetam,tentam mostrar poder.

Além disso é raro ter tempo de trabalho,quase sempre é feita apenas uma recuperação física de um jogo para o outro,o calendário é apertado,fica difícil fazer um treinamento realmente proveitoso.

A imprensa também tem sua parcela de culpa.A cada duas derrotas o emprego do treinador é colocado em risco nos debates esportivos e isso faz barulho,inflama torcida,fortalece os corneteiros e os dirigentes com medo de perder o prestígio e o domínio na política do clube acabam aceitando a pressão.

Alguns vão alegar que os treinadores brasileiros ganham altos salários para suportar as dificuldades.Concordo,a média salarial dos técnicos nos grandes clubes é bem alta.Mas isso é um escudo para os dirigentes,o salário pago não sai do bolso deles e acaba justificando a cobrança em cima do técnico,tirando das costas do presidente.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Kaká e Ronaldinho

Ronaldinho e Kaká não iniciam juntos uma partida pela seleção brasileira desde novembro de 2007.Naquele dia o Brasil venceu o Uruguai de virada no Morumbi por 2x1.Luis Fabiano marcou os gols e o time só melhorou depois que Ronaldinho foi substituído por Josué.

Após a Copa do Mundo de 2006,Ronaldinho e Kaká deveriam ser as grandes estrelas,mas não conseguiram.A queda física e consequentemente técnica foi brutal.

No caso de Kaká as contusões podem explicar,foram muitas,nos bons tempos de Milan sua grande jogada era a arrancada com a bola dominada,em alta velocidade e com total controle do lance.Com as lesões as arrancadas começaram a ficar cada vez mais raras.

Ronaldinho nunca teve uma grave lesão,mas claramente não tem mais a mesma força física,e já faz tempo.Seu rendimento foi caindo e Dunga sequer o levou para a Copa da África,mesmo sem ter tantos jogadores talentosos a disposição.

A queda precoce dos dois fez com que o Brasil tivesse um grande hiato entre gerações.Dunga acabou montando uma equipe bem armada,com defesa forte e contra ataque mortal,mas faltava talento,Kaká esteve na África do Sul,mas muito longe de suas melhores condições.

Mano Menezes tentou apostar em jovens jogadores que ainda estavam longe da maturidade para serem os protagonistas da seleção em uma Copa do Mundo no Brasil.

Felipão assumiu e por causa dessa distância de gerações deu novas chances para a dupla.Separados,até pela dificuldade em ter no mesmo time dois jogadores fora do auge físico,em um futebol com ritmo cada vez mais forte.

Ronaldinho está muito bem no Galo,mas aqui o jogo é mais lento.Com a qualidade técnica que tem somada com o baixo nível que temos aqui ele ainda faz diferença.

Foi titular contra a Inglaterra em Londres e simplesmente não conseguiu jogar.A velocidade era muito maior e o espaço bem menor.

Felipão venceu a Copa das Confederações com um time forte fisicamente,ritmo intenso e velocidade.Na fórmula que Felipão encontrou não tem espaço para Ronaldinho e Kaká,a não ser que aconteça algo de excepcional até a Copa.

Neymar terá que assumir cedo demais a responsabilidade de ser a única grande estrela da Seleção e ainda por cima jogando em casa,com uma cobrança enorme pela vitória.Acho que ele pode conseguir,mas seria melhor que tivesse alguém para dividir.Mas a bola mostrou que Ronaldinho e Kaká não terão mais essa oportunidade.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A chance perdida

O futebol brasileiro viveu um período muito favorável entre os anos de 2011 e 2012.Crise na Europa,boa situação financeira no Brasil e o novo contrato de televisão com cotas bem maiores.

O Santos anunciou que Neymar ficaria.Ronaldinho,Forlan e Seedorf chegaram,parecia que o futebol brasileiro estava em outro patamar.Mas não passou de ilusão.

Os dirigentes não conseguiram ou não quiseram aproveitar o bom momento,nada evoluiu.
Nosso campeonato e nossos clubes continuam sem nenhuma repercussão no mundo,calendário ruim,gramados péssimos(inclusive nas novas arenas),violência cada vez maior e nada acontece.

Quando a situação financeira passou a não ser tão favorável,o Brasileirão voltou a ser de iniciantes e veteranos.Os atletas continuam vivendo seu auge no exterior.

O dinheiro pesa,mas o principal motivo para a saída dos jovens que se destacam é que nosso futebol não é atrativo.Os clubes nacionais nada mais são do que uma etapa para saltos maiores.Chega um momento da carreira que o jogador precisa sair,tentar chegar ao máximo,jogar com os melhores e infelizmente nosso futebol está muito longe deste estágio.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Comentarista de futebol

A função de comentarista de futebol pode ser exercida por pessoas de estilos e idéias bem diferentes.Existem comentaristas que observam mais a parte tática,outros analisam o jogador de forma individual,existem os ex-jogadores,alguns com estilo mais boleirão mesmo e outros mais "técnicos" e existem também os que não conhecem muito,mas enrolam bem e outros que não sabem nada e criam polêmicas inexistentes para mascarar a falta de conhecimento.

Existe espaço para todos os estilos.Não tem um estilo certo,cada um faz do seu jeito,e tem público para todos os gostos.O lado jornalístico nunca deve ser deixado de lado,mas existe o lado artístico e o  lado comercial das emissoras,por isso temos que ter o cuidado de passar bem a mensagem para quem assiste,e não simplesmente falar coisas que poucas pessoas estão realmente entendendo e isso não é tão fácil.Ser analista e não ser chato,ainda mais em um esporte que envolve paixão,é uma tarefa um pouco complicada.

Eu particularmente procuro analisar o jogo mais coletivamente,está cada vez mais claro que o coletivo é fundamental para o bom desempenho individual do atleta.O talento é um grande diferencial,mas penso que um grande jogador em um time ruim pode ganhar jogos,mas não ganha campeonatos.
Não utilizo muito os números na análise,até acompanho as estatísticas,mas uso apenas as que eu considere importantes .
Sou comentarista desde 2004,tinha só 19 anos,escolhi esse caminho porque acreditava que seria melhor comentarista do que repórter e a concorrência seria menor,pelo menos na minha faixa etária na época,era algo muito raro um comentarista naquela idade,então acho que foi a melhor escolha.

No momento existe a polêmica quanto aos ex-jogadores que exercem a função,já trabalhei com alguns e não tenho nada contra,alguns deles são muito bons.
Sou contra o cara ganhar espaço só por ser ex-jogador,mesmo que não seja um bom comentarista,mas se for bom não vejo problemas.O simples fato de ter jogado futebol não quer dizer necessariamente que ele entenda de futebol.

As redes sociais mostram um outro lado da função.O lado em que o crítico fica exposto a crítica e isso não é fácil.Confesso que muitas vezes perco a paciência com isso,mas deu para entender um pouco como o jogador ou o treinador se sente quando tem seu trabalho questionado,por isso a crítica tem que ser bem feita,com argumentos,não simplesmente criticar por criticar,deu para ver como é chato receber críticas de pessoas que não sabem bem como funciona sua profissão.Por isso tem que ter esse cuidado e não simplesmente detonar o cara por uma derrota ou porque a maioria resolveu criticá-lo sem nem saber direito o motivo pelo qual está criticando.

Intensidade x Tiki Taka

Primeiro quero dizer que o Barcelona de Guardiola foi a melhor coisa que vi no futebol desde que acompanho esse esporte.Um time fantástico,histórico,dono de um estilo único e com um dos maiores jogadores de todos os tempos como grande estrela.

No ano de 2011 tivemos uma seqüência de 4 jogos em cerca de 15 dias entre o Barcelona de Messi e o fortíssimo Real Madrid de Mourinho e Cristiano Ronaldo que quase todos apontavam como o segundo melhor time do mundo,o time que poderia tentar bater o Barça.

No primeiro duelo entre eles no final de 2010,o Barcelona goleou por 5x0 e a partir daí Mourinho tentou enfrentá-los com uma postura bem defensiva,tirou um de seus jogadores de ataque,colocou Pepe na frente da zaga e se defendeu,a idéia tinha toda lógica,o adversário de qualquer forma teria a posse da bola,então caberia ao Real impedir que eles entrassem na área,tentar evitar as finalizações e achar uma bola no contra ataque,a Inter do próprio Mourinho conseguiu segurar o Barça dessa forma no Camp Nou na semifinal da Champions em 2010,e o Real naqueles quatro jogos quase obteve sucesso.

A fórmula de jogar fechado era a mais simples,quase todos tentaram,poucos conseguiram.Inter,Chelsea,Suíça contra a Espanha na Copa do Mundo,mas era muito raro,além de marcar bem a sorte seria um fator fundamental para o sucesso,já que mesmo fechado seria quase impossível suportar um time fantástico como aquele tocando bola no seu campo de defesa sem sofrer gols.Mesmo contra defesas fechadas o Barça jogava do seu jeito com a bola no pé,tocando e impondo o seu ritmo,o seu jogo.O Barcelona seguia dominando o futebol entre os clubes e a Espanha com o mesmo estilo ,mas sem a mesma força ofensiva já que não tinha Messi,dominava entre as seleções.

Todo grande time é estudado pelos rivais.E chegaram a conclusão que não poderiam permitir que o Barcelona jogasse dentro do seu estilo em todos os jogos,seria quase impossível vencê-los dessa forma,aí entra a intensidade.

Algumas dicas foram dadas ao longo do tempo,o Paraguai de Tatá Martino surpreendeu e quase
venceu a Espanha na Copa com a marcação mais adiantada,atacando a bola,tentando levar o jogo
para o lado mais físico.O Real de Mourinho passou a jogar dessa forma também contra o Barcelona e
começou a ter sucesso com mais freqüência.

Neste ano de 2013,Barcelona e Espanha sofreram derrotas expressivas e indiscutíveis contra Bayern e Brasil,que jogaram com intensidade,marcando mais na frente,com muita velocidade quando tinham a bola,sem deixar seus adversários tocarem com tranqüilidade até a entrada da área.

O jogo começou a virar,o antídoto contra o toque de bola espanhol apareceu,jogo físico,marcação agressiva,velocidade.

Será que agora é a hora dos espanhóis buscarem o remédio contra esse jogo mais intenso?Talvez.Na atual temporada já vejo o Barcelona com uma movimentação maior do que na última,mais rápido,um pouco mais intenso.Foi buscar no mercado mais um jogador de definição,que busca a jogada individual e tem facilidade para furar defesas,Neymar.O garoto brasileiro logo vai ganhar espaço e pode ser fundamental para mudar um pouco a movimentação e a velocidade desse fantástico Barcelona e claro aumentar o poder de definição das jogadas.

Isso mostra que no futebol sempre é preciso melhorar,evoluir,crescer,estudar os adversários,encontrar fórmulas novas e essa temporada européia que começa agora promete muito.